Ritmo acelerado. Desemprego, inflação, crise, isolamento social, equipes enxutas… Existem muitos fatores capazes de justificar o crescimento de síndromes mentais, como a Burnout.
Como identificar e tomar cuidado para que esse transtorno não ganhe forças, causando problemas a sua saúde e dos seus colegas de trabalho?
Conheça os sintomas, causas e comportamentos que podem levar uma pessoa a desenvolver Burnout hoje em dia.
O que causa Burnout?
A Síndrome de Burnout está diretamente relacionada com a sobrecarga no trabalho.
Profissionais que lidam com muita pressão, prazos apertados, sem intervalos de descanso e trabalham em momentos como feriados e fins de semana, são os principais atingidos.
Se esse é o seu caso, está na hora de ficar alerta e começar a maneirar o ritmo…
Os sintomas são diferentes em cada situação, mas podem ser resumidos a uma exaustão física e mental que começa com sinais mais leves.
Segundo o Ministério da Saúde são recorrentes:
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça constante;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldade de concentração;
- Sentimentos negativos de insegurança, derrota, desesperança;
- Alterações de humor repentinas;
- Pressão alta;
- Isolamento;
- Problemas gastrointestinais;
- Dores no corpo.
Em quadros mais graves, a pessoa pode desenvolver depressão severa, distúrbios gastrointestinais e pânico.
Como evitar a doença?
Segundo a psicóloga clínica, Bárbara Turci, a principal dica é dedicar mais tempo a outras atividades durante o dia, que não envolvam o trabalho.
“É buscar algo que faça sentido, que abra a possibilidade de relações diferentes e que seja um espaço de recuperação do desgaste no trabalho”, explica.
Além disso, o ideal é ter intervalos durante o período de trabalho e momentos no dia de recuperação, nos quais você possa se desligar completamente das questões profissionais.
Seja um café no meio da tarde com direto a 15 minutinhos navegando pelas redes sociais ou um cochilo depois do almoço.
Um último ponto importante, segundo Turci, é a socialização no ambiente de trabalho.
Ou seja, ter colegas com os quais você possa compartilhar esse sofrimento e que vão, de fato, entender, porque também fazem parte desse universo.
Desabafe, converse e troque com amigos do trabalho sobre sentimentos negativos e admita que o cansaço bateu, sem culpa.
O isolamento pode aumentar o desgaste!
Com a pandemia, a casa, que era um lugar de recuperação do trabalho, virou o próprio ambiente de trabalho para muitas pessoas.
Mesmo que o trabalho remoto dê oportunidade para mais intervalos de descanso durante o dia, trabalhar em casa faz com que o colaborador, muitas vezes, não se desligue daquele ambiente e trabalhe 24 horas por dia.
“Refletir sobre a condição do home office e encontrar formas de separar esses ambientes – não trabalhar no quarto, deligar o celular e computador depois do horário, pedir ajuda de outras pessoas da família – também ajuda”, acrescenta a psicóloga.
Os espaços para coworking, como o B.Club, são uma saída!
Caso sinta que o trabalho remoto pode estar prejudicando sua saúde e seu desempenho no trabalho, faça uma experiência em um escritório compartilhado.
Quem procurar quando se sentir no limite?
Está percebendo alguns sinais de Burnout em você ou em seus colegas? Procure ajuda psicológica imediatamente e comunique com as pessoas ao seu redor como está se sentindo. Não passe por isso sozinho(a)!
