Domingo foi Dia Nacional do Combate à Discriminação Racial no Brasil, relembrando o dia 3 de julho de 1951, quando a legislação do país experimentou, pela primeira vez, uma lei antirracista.
Pois é, de lá pra cá a pauta vem sendo cada vez mais discutida, mas episódios de discriminação contra pessoas pretas e pardas continuam acontecendo de maneira recorrente e, o pior, muitas vezes é estrutural.
Faça o exercício, por exemplo, de olhar ao redor em seu ambiente corporativo e se perguntar: quantas pessoas pretas estão em cargos altos ou integrando suas equipes de trabalho?
Esse talvez seja o questionamento mais importante para dar o primeiro passo rumo a equidade racial, então, seguindo esse caminho, conheça 5 outros passos para promover a igualdade racial na sua empresa.
Passo 1 – Dados
O mais importante para discutir a igualdade racial na sua empresa, é ter em mãos as informações que você precisa para saber por onde começar. Quantas pessoas pretas e pardas integram suas equipes?
Quantas estão em cargos de poder? Qual é o salário dessas pessoas? Quantas pessoas pretas e pardas trabalham diretamente com elas?
Traga números para discussão e prove que é uma pauta relevante para seguir para os próximos passos.
Passo 2 – Processos seletivos direcionados
Uma vez identificada a desigualdade, passe a ofertar vagas direcionadas a pessoas pretas e pardas. Essa não é uma medida radical, mas sim uma forma de reparação.
Essa ação é importante para colocar a igualdade em prática. Está precisando de um head, um analista, gerente, coordenador? Pode ter certeza que terão pessoas pretas e pardas extremamente capacitadas, esperando essa oportunidade.
Passo 3 – Políticas de combate à discriminação
Ofensas, tratamento diferente, olhares, piadinhas, precisam ser barradas e tratadas como algo inadmissível, porque são.
Não normalize termos racistas e passe a punir assertivamente comportamentos assim. Por mais que pareça óbvio para algumas pessoas que essa prática é extremamente desrespeitosa, é preciso encarar o fato de que ainda vivemos em um país racista e para outras, isso pode ser “normal”.
Cabe a gestão da empresa e equipes de Relações Humanas deixar claro que não é e que quando acontecer, os responsáveis terão consequências, inclusive, legais.
Passo 4 – Educação e informação
Fale sobre o que é o racismo, história, cultura… Muitas vezes deixamos para as pessoas pretas a responsabilidade de educarem seus próprios agressores, sendo que a educação e informação podem partir de qualquer pessoa.
Então, aproveite datas como o Dia Nacional do Combate à Discriminação, o Dia da Consciência Negra, Dia Internacional da Saúde Mental, Dia da Abolição da Escravatura ou qualquer segunda-feira comum, para promover eventos, palestras, dinâmicas, sobre o assunto.
Afinal, é uma realidade. Fechar os olhos não a torna melhor! Bora reagir.
Passo 5 – Da porta pra fora
Transformar sua organização em uma empresa antirracista, vai além de trabalhar o assunto internamente. Você considera o público preto e pardo na hora de fazer publicidade?
Você cria produtos pensados para pessoas pretas e pardas? Você abre espaço, na sua organização, para parceiros, clientes, investidores e ideias de pessoas pretas e pardas?
Da porta pra fora também existe muita transformação para acontecer e sua empresa pode ser uma peça essencial nesse movimento.
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