Aula de física

Relatos de um BCluber: Professor Capitão

Está de volta a série que conta a história de diferentes empreendedores e empreendedoras que compartilham nosso espaço. Dessa vez, vamos falar com um professor de física, que já foi capitão do exército, mas agora comanda muito mais do que uma companhia: ele está à frente de uma sala de aula e das boas. Daquelas que dá segurança e condições para os alunos sonharem ainda mais. Segundo ele, foi através da educação que teve oportunidade de mudar de vida e é isso que deseja proporcionar paras as pessoas que o procura.

Conheça o Rodrigo de Oliveira, mais conhecido como Capitão, e veja como o BClub contribui com a sua trajetória!

 

Redação: Como surgiu o QG da Física? 

Capitão: A minha história com a educação é bem longa. Quando eu tinha 13 anos, minha mãe faleceu por causa de uma leucemia e por toda situação emocional, eu fui reprovado na escola. Meu pai era alcoólatra, então sem ela, depois de um tempo, eu resolvi sair de casa e tentar me virar sozinho. Trabalhei fazendo pastel um tempo, já estava no primeiro ano do Ensino Médio e com a vida mais conturbada, fui reprovado novamente. Eu não sabia fazer uma conta de divisão simples. Então, fui morar com a minha avó. Nessa época, eu era Testemunha de Jeová, tinha uma namorada e ela engravidou. Foi mais um baque e fui reprovado de novo, eu já tinha 18 anos e não conseguia sair do Ensino Médio.

Então, um tio meu, que estudou e tinha dois filhos que também estudavam no ITA, me convidou para ir morar com ele, em troca de ajuda com os estudos. O plano era ficar lá um ano, o suficiente para me preparar para as provas do exército, porque no exército eu teria moradia, alimentação, dinheiro. Já que eu não tinha muitas opções, abracei a oportunidade com unhas e dentes. Na casa dele, eu consegui me organizar e me saí tão bem, que em agosto eu já tinha sido aprovado na escola. Como deu muito certo, ele falou para eu ficar mais um ano e estudar para provas mais difíceis. Foi assim, até que em outubro do ano seguinte, eu tive minha primeira aprovação, em um concurso para Oficial. Eu entraria como tenente, até podendo chegar a general. Ou seja, em um ano e oito meses, ele já tinha me ajudado a mudar o meu destino. 

Ainda assim, vendo meu desenvolvimento, ele sugeriu que eu estudasse mais, para a aeronáutica. Disse, inclusive, que acreditava em mim e isso foi o que me convenceu que eu podia acreditar também. Então topei, estudei e passei no IME e na faculdade de Medicina. Lembra que eu mal sabia fazer uma conta de divisão? Pois é. Ele conseguiu me ajudar com todo esse progresso.

Minha história foi um dos principais motivos que me fizeram sair do exército para dar aula. Fiquei 15 anos no exército, dando aulas por fora. Depois, encerrei a carreira militar e fui professor por mais 15 anos no Bernoulli. Saí de lá no ano passado para tentar empreender. A essa altura, eu já tinha a salinha de física JC, antes da pandemia. Essa salinha veio a falir, na pandemia, porque eu não me adaptei ao digital, mas quando eu saí do Bernoulli, consegui retomar esse negócio, fundar o QG da Física presencial e on-line, que é agora a minha empresa, o que eu amo fazer.

 

Redação:  Qual foi seu maior desafio, nessa trajetória? 

Capitão: O maior desafio foi perder o medo de empreender. Porque, ser empregado é confortável, você só faz o que te mandam, seu dinheiro é certo, você tem seus direitos garantidos e tudo mais. Quando você abre seu negócio, você é responsável por tudo. Hoje, eu não dou 50 aulas na semana, mas tenho um contador em cima de mim, o pessoal do marketing me cobrando vídeo, emito boletos, faço matrículas, então eu trabalho mais. Eu dou menos aula, mas trabalho mais. Acho que ter a coragem para fazer isso, diante de tudo que eu estava enfrentando. 

 

Redação: Quando você teve a certeza que estava dando certo e que havia superado esse desafio? 

Capitão: Dezembro foi um baque muito forte, quando eu saí do Bernoulli. Eu estava me recuperando da pandemia e ainda perdi o emprego. Tinha tudo pra mergulhar de vez em um buraco, mas eu lembrei de toda essa história de evolução que eu vivi. Então, se eu consegui mudar minha vida uma vez, por que não conseguiria agora, com toda experiência que eu tenho? Eu acreditei nisso, tive paciência, cuidei da saúde, fui atrás da terapia, do tratamento… Hoje estou mais leve. Tem um mês que essa chave virou e eu pude olhar e falar: nossa deu certo. Até porque foi quando eu comecei a receber os depoimentos dos alunos aprovados. Foram umas 20 pessoas agradecendo, de forma muita sincera, o apoio, as aulas. Muitas mensagens carregadas de muita emoção. Acho que isso é a maior conquista. Isso me mostra que eu consigo, que eu sei o que estou fazendo e é muito gratificante poder transformar alguém que chega até mim sem entender nada de física, igual eu também não entendia lá atrás, e ver essa pessoa conquistando aquela faculdade que tanto queria, superando essa dificuldade. Essa é a maior conquista, com certeza.

 

Redação: Como você chegou até o BClub? 

Capitão: Eu já conhecia o espaço, já tinha visitado, mas sem pretenção. Lembro de ter visto o auditório e pensado “nossa se colocar um quadro aqui, dá uma bela sala de aula”. Quando tudo aconteceu, eu não consegui me lançar no mercado digital, por bloqueio mesmo. Sou de outra geração, então ficar diariamente nas redes sociais não é uma coisa confortável. Na minha cabeça, eu precisava do presencial para ter uma segurança. E aí, lembrei do BClub, falei com a Chrys (Head do BClub) ela marcou um bate papo comigo, me fez uma proposta que casou muito com o que eu imaginava, conseguimos transformar o espaço para atender o que eu precisava e deu super certo. Comecei com uma turma de 20 e poucos alunos e hoje já tenho mais de 200. 

 

Redação: De que forma o coworking contribuiu para esse sucesso todo?

Capitão: Aqui, na direção da Chrys, tudo funciona. Nada fica a desejar. A estrutura, a portaria, o pessoal da limpeza, a administração, a sala, os equipamentos, todo apoio que eu preciso eu tenho e é tudo muito ágil, com muita qualidade. Então aqui eu tenho conforto, tenho estrutura, tenho a tecnologia que eu preciso e acredito que não sou só eu, muitas empresas que compartilham desse mesmo espaço, vão concordar comigo. Além disso, é um lugar humanizado. Foi a primeira vez na vida que eu tive a oportunidade de curtir um happy hour no ambiente que eu trabalho. Isso foi incrível também, me fez e me faz muito bem. Não precisei sair do trabalho pra ter um momento de descontração, diversão. É muito agradável, estou bem feliz aqui. 

 

E aí, gostou dessa história? O espaço para coworking é liberdade, bem estar e conexão, no ambiente de trabalho. Se você também busca uma saída para o seu negócio e quer se tornar um BCluber, agende uma visita pelo site e venha crescer com a gente!

 

 

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp